Estudo aponta que prática de sexting por adolescentes pode causar distúrbios psicológicos e sexuais

Um estudo da Universidade de Calgary, no Canadá, revelou que a prática de sexting entre adolescentes pode ter consequências ruins para a sexualidade e saúde mental desses jovens. A pesquisa foi feita através da análise de outros 23 estudos que investigaram mais de 42 mil adolescentes.

O sexting é a prática de trocas de mensagens de teor sexual, o que pode colocar os jovens em perigo. Através de aplicativos de mensagens, jovens estão ultrapassando os limites de conteúdos para a sua idade. Além disso, a prática do sexting pode desencadear uma sexualidade precoce e, consequentemente, causar danos psicológicos. Nessa prática está inclusa a criação de vídeos e fotos pessoais para compartilhamento com outras pessoas.

Após analisar dados de mais de 42 mil adolescentes, pesquisadores chegaram a resultados específicos sobre o sexting. De acordo com os cientistas, a prática pode levar à sexualidade precoce e sem o uso de contraceptivos. Além disso, o número de relações sexuais também podem aumentar e refletir na saúde mental. Sobre isso o estudo aponta um aumento de casos de ansiedade e depressão. Outro alerta dos cientistas é sobre o uso de substâncias químicas. Segundo as análises, adolescentes que praticam sexting são mais propensos ao uso de álcool, cigarro e drogas em geral.

A pesquisa apontou ainda que o sexting é ainda mais perigoso para os mais jovens. Isso porque adolescentes mais novos geralmente agem com ingenuidade. A consequência disso seria a exposição desses adolescentes ao assédio, abuso, chantagens e extorsão. Além disso, os adolescentes mais novos são mais facilmente manipulados por pessoas mal intencionadas.

Cuidado

Os psicólogos Ricardo Fardiño e Sheri Madigan, da Universidade de Calgary, apontaram que o assunto deve ser tratado com cuidado. Além disso, os profissionais consideram que cabe aos pais ajudar os filhos a se comportar na internet de forma que não seja prejudicial. Assim, os pais devem acompanhar a comunicação dos filhos na internet e orientar sobre os perigos do sexting.

Outro apontamento dos psicólogos diz respeito à saúde mental e afetividade desses jovens. Segundo os pesquisadores, muitos jovens desenvolvem quadros de ansiedade e depressão devido ao afastamento da imagem familiar. Assim, o jovem vai procurar algum tipo de apoio ou atenção que não tem em casa e acaba se envolvendo em situações perigosas na internet.

 

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa