O político e ativista gay norte-americano Harvey Milk foi homenageado pelo Aeroporto Internacional de San Francisco, na Califórnia. O local agora tem um terminal batizado com o nome do ativista. Esse é o primeiro terminal de aeroporto que recebe o nome de uma personalidade LGBT+.
O novo terminal exibe a exposição intitulada “Harvey Milk: Messenger of Hope”. Além disso, o local de quase 120 metros quadrados abriga mais de 100 imagens do ativista. Muitas dessas imagens foram reunidas pelos próprios frequentadores do local.
A instalação custou mais de 8,9 bilhões de dólares e oferece aos passageiros muitas opções de conforto e tecnologia. Além disso, o terminal Harley Milk foi projetado para promover a interação do público com o ambiente. Assim, foram instaladas janelas que escurecem ou iluminam de acordo com a luz do sol, sala de estar com diferentes assentos bem como banheiros para todos os gênero. Além disso, a construção oferece sala de descanso para animais, exposições de arte e elevadores, passarelas e esteiras de bagagem com sensores.
De acordo com Ivanc C. Satero, diretor do aeroporto, o terminal Harley Milk é uma grande marco e homenagem para esse ativista. O diretor salientou ainda que para as pessoas que vêm de fora, o aeroporto é a primeira impressão da cidade. Por isso, a inovação e inclusão do novo espaço mostra o compromisso com a diversidade.
Harley Milk
Harley Bernard Milk foi o primeiro político abertamente gay na Califórnia. Até os seus quarenta anos de idade, Milk não falava sobre sua sexualidade. Mas devido aos movimentos dos anos de 1960 que trouxeram à tona vários assuntos até então considerados tabu, Milk começou a lutar abertamente pela comunidade LGBT+.
Em San Francisco, ele começou a movimentar suas ideias políticas e fez três tentativas para ser eleito. Ele conseguiu então um cargo de supervisor da cidade, em 1977, no qual permaneceu por onze meses. Durante seu mandato, aprovou uma lei sobre direitos LGBT+ na cidade.
No ano seguinte, em 1978, Milk foi assassinado junto com o então prefeito da cidade, George Moscone. Descobriu-se que o autor do crime foi Dan White, um outro supervisor da cidade que havia renunciado ao cargo. A motivação do homicídio era o fato de White desejar seu cargo de volta. Após a morte de Milk, a onda conservadora se tornou cada vez mais forte na política de San Francisco. Por outro lado, o legado de Harvey Milk é muito lembrado e homenageado pela comunidade LGBT+ em San Francisco.