Deputada americana culpa gays, drag queens e maconha por tiroteios nos EUA

Recentemente, tiroteios têm assustado a população de alguns estados dos EUA. Diante desse problema uma deputada republicana causou polêmica ao revelar sua opinião sobre a causa desses atentados. Segundo Candice Keller, deputada em Ohio, as mortes em massa nos EUA têm ligação com gays, drag queens e maconha.

Keller fez um post em seu Facebook para revelar sua opinião, o qual já foi apagado. Segundo a republicana, o “colapso da família tradicional” causado pela ascensão da comunidade LGBT+ foi o motivo da explosão de atentados a tiros nos EUA. Além disso, ela associou o ocorrido com o uso recreativo de maconha, vídeo-games e ao ex-presidente dos EUA Barack Obama. Sobre a família tradicional brasileira, Keller considerou que o casamento homoafetivo contribui para desestabilizar essa instituição. Além disso, ela mencionou drag queens, pessoas trans e a ausência da figura paterna em algumas famílias. Por fim, Keller associou as leis de imigração dos EUA com os tiroteios.

Diante da postagem preconceituosa de Keller, algumas autoridades se manifestaram. Para Dave Yost, procurador-geral republicano de Ohio, Keller está equivocada. Segundo Yost, os atentados não têm ligação com LGBTs ou qualquer outra motivação a não ser a do próprio atirador. “A culpa é do homem maligno que matou essas pessoas”, disse. Já Jane Timken, presidente do partido de Keller, também repreendeu a postagem da deputada. Além disso, Timken considerou que Keller deveria renunciar ao seu cargo após a polêmica.

Atentados

Os Estados Unidos estão passando por momentos de terror devido à onda de tiroteios na última semana. Na Califórnia, Texas e Ohio, os tiroteios aconteceram com apenas algumas horas de intervalo e vitimaram 34 pessoas ferindo outras 53. O primeiro ataque foi em 29 de julho, na Califórnia. Já no sábado, 3 de agosto, outro tiroteio vitimou pessoas dessa vez no Texas, deixando vinte pessoas mortas e 26 feridas. O último ataque aconteceu no dia seguinte, 4 de agosto, em Ohio.

O país é comandado pelo presidente Donald Trump, exímio defensor de armas que durante sua campanha lançou mão de preconceitos raciais e de gênero. Diante dos atentados, o presidente se manifestou e admitiu que os ataques podem ter ligação com alguma ideologia de supremacia branca. Por isso, ele discursou contra os preconceitos raciais dizendo que “o ódio não tem lugar na América”. Por outro lado, ficou subentendido que esse discurso veio da pressão de republicanos que associam os atentados aos contantes discursos de racismo e xenofobia de Trump.

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