Eduardo Lopes Freitas, de 8 anos, recebeu recentemente o seu documento de identidade com o nome social. O menino é a primeira criança a alterar seus documentos na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Através de um post nas redes sociais, a família divulgou a grande vitória.
Os pais do menino apoiaram a transição do filho. Regina Freitas, a mãe, disse que partiu da própria criança o pedido pela mudança nos documentos. De acordo com a família, Eduardo já se identificava como menino desde os quatro anos de idade. A criança se sentia constrangida ao ser chamada pelo seu nome de registro, Maria Eduarda, na escola e em outros espaços como consultórios médicos.
No Instagram, a mãe agradeceu aos funcionários do Poupatempo, órgão que emite documentos de identificação. Regina agradeceu a um funcionário que segundo ela foi muito gentil no atendimento. Além disso, a mãe relatou que há meses já estava se informando sobre os trâmites para mudança nos documentos do filho.
Transição
Desde os três anos de idade Eduardo se identificava como menino. A família começou a perceber que ele se interessava por brinquedos e roupas considerados masculinos. De acordo com a mãe, inicialmente, foi preciso procurar ajuda para lidar com a identidade do filho. Aos quatro anos ele já dizia que era um menino e questionava aos pais o motivo de ter nascido como menina.
Apesar da aceitação e apoio dos pais, fora de casa o cenário foi diferente. Eduardo sofreu muito preconceito na escola e na rua, onde as pessoas insistiam em chama-lo pelo nome feminino. Quanto a isso, os pais disseram que darão ainda mais apoio. Carlos Freitas, o pai, e a mãe Regina afirmaram que não se importam com o que as pessoas dizem e que diariamente aprendem sobre tolerância com o filho.