O mês de setembro é marcado pela campanha do Setembro Amarelo, com o objetivo de abordar assuntos de saúde mental e prevenir o suicídio no Brasil. A campanha foi criada em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Durante todo o ano, mas no mês de setembro em específico, instituições públicas e privadas abraçam a causa. A cor amarela remete à iluminação e alegria, além de ajudar a chamar a atenção para a campanha. Além disso, ações nas ruas, escolas e demais instituições são comumente realizadas para conscientizar e oferecer orientações para pessoas que necessitam de algum tratamento ou apoio psicológico.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mortes por suicídio podem sim ser evitadas com campanhas como a “Setembro Amarelo”. Em muitos casos surgem dúvidas sobre como buscar e oferecer ajuda e sobre como falar sobre esse assunto. Em outras situações, o assunto ainda é um tabu e costuma ser negligenciado. Por outro lado, do ponto de vista médico, é extremamente importante debater sobre o assunto e derrubar qualquer estigma que impede a busca por ajuda.
LGBTs
Em meio ao cenário violento para LGBTs no Brasil e em outras partes do mundo, essa comunidade fica suscetível aos casos de ansiedade e depressão. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Columbia, nos EUA, os LGBTs estão mais expostos à problemas de saúde mental do que heterossexuais. Esse resultado é reflexo da constante pressão sofrida por vários LGBTs como bullying, rejeição familiar e preconceito da sociedade.
Em virtude disso, o deputado Fábio Félix (PSOL-DF) conseguiu aprovar um projeto que direciona as campanhas do Setembro Amarelo especialmente para a comunidade LGBT+. Devido aos diferentes fatores que prejudicam a saúde mental de LGBTs, a abordagem sobre o assunto também deve ser específica para essa população que tem diferentes demandas. Por isso, a Lei nº 6.356/2019 se baseia nos números da pesquisa dos EUA e garante espaço para LGBTs na campanha do Setembro Amarelo com iniciativas como folhetos e campanhas especiais e inclusivas.
Origem do Setembro Amarelo
Antes de se consolidar como campanha no Brasil, o Setembro Amarelo tem inspiração em um caso que aconteceu nos EUA. Em 1994, Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio dirigindo seu carro que era amarelo. Depois do ocorrido, a família começou a espalhar a mensagem de apoio para prevenir o suicídio em outras famílias. Nesse processo, começaram a usar a cor amarela em referência à cor do carro de Mike.
Busque ajuda
O CVV oferece atendimento gratuito 24 horas por dia. A depressão e a ansiedade podem apresentar diversos sintomas de formas muito diferentes para cada pessoa. Assim, é importante procurar ajuda psicológica ou em serviços gratuitos de apoio como o CVV. A instituição atende por meio do telefone 188, chat, e-mail e pessoalmente. Busque uma sede do CVV em sua cidade clicando aqui.
Ao se deparar com uma pessoas com sintomas de depressão, algumas atitudes devem ser evitadas. Jamais compare a situação dela com a de outras pessoas e nem diminua o sofrimento, pois cada pessoa sabe da dor que sente. Além disso, algumas palavras podem piorar a situação, como chamar a falta de ânimo de preguiça ou incluir preceitos religiosos na discussão.