Felipe Augusto Correia, de 23 anos, sofreu o maior trauma de sua vida no dia 6 de outubro em Brazlândia, no Distrito Federal. O rapaz foi atingido com 22 facadas após ser cercado por um grupo de 16 homens que o abordaram com gritos homofóbicos. Felizmente Felipe sobreviveu e foi liberado do hospital no domingo, 20 de outubro.
O rapaz caminhava na Rua do Lago, uma das mais movimentadas de sua cidade quando o crime aconteceu. Promoter, o jovem retornava de uma festa beneficente que organizou na área rural da cidade quando foi perseguido pelos suspeitos. De acordo com a mãe da vítima, os homens afirmaram que o rapaz deveria morrer por ser gay.
Perseguido, Felipe foi atingido com 22 facadas. Os golpes acertaram o peito, cabeça, braços e costas. De acordo com a mãe do rapaz, Jaqueline Correa da Silva, de 49 anos, Felipe tentou fugir. Apesar disso, foi alcançado e mesmo em frente a diversas testemunhas não obteve socorro. A mãe afirmou ainda que Felipe conseguiu correr, mesmo ferido.
Um casal passava de carro pelo local e avistou Felipe. Nesse momento o jovem entrou no carro que o levou ao Hospital Regional de Brazlândia (HRB). Antes disso, os agressores não se intimidaram com o casal e começaram a quebrar os vidros do veículo na tentativa de atingir Felipe. Assustado, o motorista arrancou como veículo em direção ao hospital. Felipe passou por cirurgias, uma delas, no pulmão e permaneceu internado por alguns dias.
Investigações
O caso foi registrado na 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia que afirmou investigar o caso com prioridade. O crime foi registrado como tentativa de homicídio provocada por crime de gênero e homofobia.
O crime chegou ao conhecimento da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM). O órgão então enviou um ofício para o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Gustavo Torres. De acordo com o documento, Helder Salomão (PT/DF), presidente da CDHM, solicita providencias sobre o crime. Salomão afirmou ainda que o número de homicídios motivados por homofobia é preocupante e que a impunidade aumenta esses ataques.