Durante esse sábado, 5 de outubro, aconteceu em Curitiba um seminário de ativistas e pesquisadoras lésbicas e bissexuais. O evento contou com a participação da Rede Nacional de Ativistas e Pesquisadoras Lésbicas e Bissexuais Rede Lésbi Brasil. Além disso o evento também teve o apoio da Prefeitura de Curitiba.
Durante o seminário foram discutidas as próximas ações do grupo. Junto com outras organizações de mulheres lésbicas e bissexuais, a Lesbi Brasil contribuiu para a publicação do “Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil”. Agora, as ativistas e pesquisadoras tiveram a oportunidade de discutir seus próximos trabalhos.
As pesquisadoras debateram ainda sobre a violência que acomete diariamente mulheres lésbicas e bissexuais. Além da bifobia e lesbofobia, essas pessoas sofrem por serem mulheres devido ao machismo estrutural. Diante dessa quadro, a Lésbi Brasil pretende lançar uma plataforma online com estudos científicos sobre o assunto.
Dados
O Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil compreende dados entre 2014 até 2017. A autoria principal do dossiê é das pesquisadoras Milena Cristina Carneiro Peres, Suane Felippe Soares e Maria Clara Dias. De acordo com os dados, entre 2014 e 2017 foram contabilizadas 126 mortes de lésbicas no Brasil. A pesquisa é clara quando mostra os números crescendo com o passar dos anos. Em 2014 foram 16 mortes, enquanto em 2017 o número chegou a 54.
O Dossiê faz parte do projeto de pesquisa Lesbocídio – As histórias que ninguém conta. A pesquisa ainda está em andamento e é desenvolvida pelo Núcleo de Inclusão Social da UFRJ e pelo Nós: Dissidências Feministas, também da universidade. Além da atuação das pesquisadoras, o projeto conta com um site com todos os detalhes da pesquisa e com um espaço para que sejam feitas denúncias de lesbocídio no Brasil. Além disso, o site também possui pesquisas internacionais. Já o Dossiê com dados entre 2014 e 2017 também está online. Para acessar clique aqui.