Nessa semana uma reportagem do Profissão Repórter, programa da rede Globo, mostrou a vida de pessoas LGBT que residem nas cidades do interior do Brasil. Com pouco ou até mesmo sem o apoio familiar, muitos saem de casa muito cedo em busca de liberdade em aceitação. A matéria elucidou ainda que esse cenário se agrava com transexuais, que não têm sua identidade respeitada no ambiente familiar e social.
A reportagem passou por cidades como São Miguel Gostoso, no Rio Grande do Norte; Salto, em São Paulo e Ilha das Flores em Sergipe. Em todas essas cidades o cenário foi igual: inúmeros LGBT+ precisam se unir para prover o próprio sustento. Em diversas ocasiões, ao sair da casa da família, essas pessoas se unem em outras moradias e tentam sobreviver. Isso porque o mercado de trabalho local também não é receptivo com essa população.
O preconceito vem de todos os lados. A família, a sociedade, a escola, o trabalho e a religião formam uma grande corrente de opressão. Os preconceitos vão desde a falta de respeito com a identidade de gênero e nome social até a violência física que pode tirar a vida dessa população. Em meio a uma cultura ainda mais machista e tomada pela precariedade de condições de vida e informações, a população LGBT+ do interior se encontra cercada.
Mesmo longe do preconceito familiar, LGBTs do interior continuam sentindo na pele a opressão social. É o caso de Márcio Soares, que teve sua história retratada no Profissão Reporter. Antes, passou por um processo de transição e se chamava Marcia. Apesar de estar feliz com sua identidade de gênero, precisou voltar a performar masculinidade. Isso porque a aceitação social não aconteceu e o jovem precisava sobreviver.
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