O médico Eduardo Fernandes, do Rio de Janeiro, postou um relato sobre um atendimento. A publicação veiculada no Facebook em 8 de maio deste ano sensibilizou mais de 200 mil pessoas.
De acordo com o relato de Eduardo, uma mulher trans esperava para ser atendida em seu consultório. Na ocasião, vários outros pacientes esperavam por atendimento. Na vez dessa mulher, o médico a chamou pelo nome escrito no cadastro, que era o nome de registro.
Ao chamar a mulher pelo nome masculino, o médico e a paciente ouviram muitos comentários. Alguns olhavam com desaprovação enquanto outros diziam coisas ofensivas. A paciente entrou rapidamente no consultório, visivelmente abalada e constrangida.
Durante a consulta realizada para tratar um problema de dor lombar, o médico foi receitar um medicamento. Nesse momento, o médico perguntou qual nome a mulher gostaria que ele escrevesse na receita médica. Yasmin Victoria era o nome da mulher que ocupou o campo de nome social do documento de receita.
Ao sair do consultório, o médico a chamou pelo nome social na frente de todos. Para isso, orientou a paciente a voltar após o uso da medicação prescrita. Nesse momento, todos entenderam que aquela mulher trans deveria ser respeitada e chamada pelo seu nome social.
Em agradecimento, minutos depois, Yasmin retornou ao consultório. Confuso, o médico Eduardo perguntou se a dor que ela sentia já tinha passado. Em resposta, a mulher entregou a ele um bombom e sua imensa gratidão por ter seu nome social e sua cidadania respeitados.
Para muitos e até para o médico a atitude de respeitar o nome e a identidade de gênero da paciente não foi algo surpreendente, mas para a mulher, que inclusive expressou sua gratidão, a atitude foi emocionante.