A ativista trans Verônica Oliveira, de 40 anos, foi assassinada nesta quinta-feira, 12 de dezembro. No início desse mês, Verônica foi madrinha da Parada da Diversidade de Santa Maria, cujo tema era “Que bom te ver viva”. Oliveira, que era conhecida como Mãe Loira, ainda era proprietária de um alojamento que abrigava dez pessoas trans na cidade.
O crime aconteceu por volta das 3 horas da madrugada no cruzamento das ruas Borges de Medeiros e Presidente Vargas. Verônica estava na rua com um grupo de mulheres trans quando foi abordada por um homem.
O responsável pelo crime se aproximou de carro e teria discordado do preço de um programa sexual. Ativista e conhecida em Santa Maria, Verônica era considerada a líder do grupo de mulheres trans que trabalham na rua. Tanto ela quanto o restante do grupo não concordaram com o valor oferecido pelo homem.
Uma discussão começou junto com troca de ofensas, principalmente entre Verônica e o acusado. Segundo testemunhas, ele chegou a voltar para o carro para esconder alguma faca outra arma cortante. Quando todos acharam que a discussão tinha acabado, até porque o homem voltou ao volante, o suspeito desferiu um golpe de faca que acertou o abdômen de Verônica.
A ativista foi levada ao Hospital Universitário de Santa Maria, onde passou por cirurgia, mas não resistiu e morreu poucas horas depois. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gabriel Zanella, o culpado ainda não foi identificado.