O especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”, do canal Porta dos Fundos, gerou revolta em grupos religiosos. A produção de 46 minutos foi lançada na plataforma de streaming Netflix estrelando Fabio Porchat e Gregório Duvivier.
O enredo se passa no aniversário de 30 anos de Jesus Cristo que retorna para casa após 40 dias de peregrinação no deserto, em que ficou em jejum. Mas a cena que mais foi criticada se refere à sexualidade do personagem. Ao chegar em casa, Jesus está acompanhado do personagem de Fábio Porchat, um homem com quem Cristo teria um romance. Na cena, Maria, José e os três reis magos ficariam surpresos.
A própria sinopse do filme alerta que o conteúdo é satírico. “Um especial de Natal tão errado que só poderia ser do Porta dos Fundos”, diz a descrição do filme. No entanto, a sátira levantou muitas críticas de frentes religiosas que esbravejaram nas redes sociais.
Um abaixo-assinado já foi divulgado na internet exigindo que a Netflix retire a produção do ar. O documento já possui mais de 300 mil assinaturas. Já o pastor Joel Theodoro, da Igreja Presbiteriana do Bairro Imperial do Rio de Janeiro, anunciou que cancelou a assinatura da Netflix e orienta que seus seguidores façam o mesmo.
Theodoro faz parte do grupo Coalizão Pelo Evangelho. Além dele, o deputado federal Marco Feliciano também faz parte do grupo e orienta boicote ao Porta dos Fundos e Netflix. O grupo postou duas notas em seu site afirmando que o filme faz parte de produções que zombam de Deus e “vilipendiam o Senhor” e que isso “é o mesmo que esbofeteá-lo, cuspir nele, bater em sua cabeça para lhe enterrar os espinhos da coroa, zombar com deboches, forçá-lo a andar nu pelas ruas carregando o grande peso do madeiro, furá-lo ao lado com uma lança, gritar para que ele desça da cruz se for capaz.”.
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