No final de novembro o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS), publicou o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2019. Anualmente esse relatório é publicado perto de dezembro, já que no dia 1º desse mês é o Dia da Luta Contra a Aids.
O boletim apresenta dados dos casos de HIV/AIDS no Brasil de acordo com as incidências em cada região. A pesquisa alcançou resultados através de três fontes. Uma delas são as notificações dos casos de HIV e AIDS do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Já a segunda fonte são os óbitos notificados com HIV/AIDS como causa no Sistema de Informações
sobre Mortalidade (SIM). Por fim, os registros do Sistema
de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e os registros do Sistema de Controle Logístico de
Medicamentos (Siclom) serviram de fonte.
Diante dos dados, o Ministério da Saúde fez os cálculos necessários para comparar as informações. De acordo com o resultado, ao longo dos anos, houve uma diminuição dos casos de AIDS no Brasil. Em 2012, o número de pessoas com AIDS era de 21,4 a cada 100 mil habitantes. Já em 2018 esse número foi para 17,8 diagnosticados a cada 100 mil habitantes. Esse número representa uma diminuição de 16,8%.
O boletim aponta ainda a necessidade de melhorar os bancos de dados. Isso porque alguns ainda não registram informações importantes para levantar dados mais precisos sobre a incidência de HIV/AIDS em diversas regiões do país. Dados como o número total de casos e comportamento dos indivíduos em determinadas regiões são importantes. Aprimorar os sistemas de informação para obtenção de dados é preciso também para solicitar demandas de tratamentos e medicamentos do poder público.
Gestantes
Outro dado levantado foi sobre a incidência de HIV entre gestantes. Esses números foram levantados através de pesquisas mais aprofundadas, uma vez que as notificações de HIV não chegam aos registros oficiais, apenas as notificações de AIDS. Os números mostram que de 2000 até junho de 2019, 125.144 gestantes foram infectadas por HIV. Mas entre 2014 e 2018 houve um decréscimo de 22.8 % nos casos. Esse cenário pode ser pelas campanhas de tratamento, aponta o relatório.