Fotos de beijos de dois casais formados por policiais durante a formatura da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) criaram uma onda de críticas na internet. As fotos publicadas nas redes sociais na semana passada geraram comentários preconceituosos que serão investigados pelo Ministério Público do Distrito Federal. Em um deles, em um grupo de WhatsApp, um militar da reserva ofende o casal.
No áudio, um tenente-coronel afirma: “Eles não se criam. Mas a nossa corporação já foi irreversivelmente maculada. Nós hoje somos motivo de chacota no Brasil inteiro (…). Muito obrigado, senhores, os senhores conseguiram destruir a reputação da nossa Polícia Militar”, e chama ainda as fotos de “avacalhação”. “A porção terminal do intestino é deles e eles fazem o que quiserem. Uma coisa é o que se faz quando se está fardado (…). Aprendemos sempre que se deve preservar a honra e o pundonor policial militar. Então é isso que foi quebrado ali. Aquela avacalhação, aquela frescura ali poderia ter sido evitada. É lamentável”, diz o militar que assumiu a autoria dos áudios mas não teve o nome divulgado.
Em nota, a PM-DF se manifestou:
“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que não coaduna ou apregoa quaisquer tipos de preconceito. Os áudios atribuídos a um coronel da Reserva Remunerada manifestam uma opinião pessoal, e serão analisados pela Corporação.
A PMDF informa ainda que a ética e o pundonor policial militar são preceitos basilares da Corporação, aos quais os policiais militares estão sujeitos, independentemente de cor, sexo, etnia, religião ou opção sexual.
O posicionamento oficial da PMDF órbita em torno do respeito às crenças, à ética e ao profissionalismo, pilares que todos os policiais militares devem observar no exercício de seus deveres.
A Polícia Militar do Distrito Federal reforça que não coaduna com quaisquer tipos de preconceito. As críticas divulgadas em redes sociais são opiniões pessoais e não condizem com o ponto de vista do comando da Corporação.
No entanto, com o objetivo de evitar maiores exposições e controvérsias, nenhum integrante da Corporação está autorizado a conceder entrevista sobre o assunto.”.