Afinal, sair ou não do armário? Recentemente declarações do ator Reynaldo Gianecchini suscitaram a discussão sobre a sua sexualidade, dividindo opiniões.
Você já deve ter ouvido discursos de pessoas da comunidade LGBTI sobre a importância de que uma pessoa venha a se assumir gay publicamente. Porém,o caso de Gianecchini é um alerta para lembrar a todos que a atitude de “sair do armário” deve ser uma decisão íntima e pessoal, e nunca acontecer sob pressão de um terceiro: nem mesmo a mídia.
Afinal, nada mais desconfortável do que ser rotulado pelos outros de algo que nós não reconhecemos, ou pior: algo que sequer estamos prontos para encarar.
Em recente entrevista para a revista Pop-se, Reynaldo Gianecchini falou sobre a sua sexualidade, rejeitando rótulos sobre sua orientação sexual. Como se não bastasse o tema que já desperta grande interesse público, a capa da revista exibe um close de Gianecchini aos beijos consigo mesmo.
No veículo, Gianecchini declara: “Não assumi que sou gay. Falei que sou tudo”, deixando a resposta sobre a sua sexualidade para a interpretação do público.
E arrematou: “Cabe tudo dentro de mim, não me encaixo em nenhuma gaveta. É uma atitude política falar isso hoje em dia. A sociedade é muito careta. O Brasil é um país preconceituoso, racista e reprimido”.
No ano passado, o ator deu um entrevista para o jornal O Globo, comentando como já havia sofrido pressão para sair do armário e se assumir gay, e revidou: “Primeiro, quero falar para essas pessoas: antes de você achar tão interessante a sexualidade dos outros, dá uma olhadinha na sua. Talvez ela tenha mais nuances do que você pensa”.
Reynaldo Gianecchini, portanto, deixou claro que não quer se definir – não para que não seja julgado, mas para não se limitar. Ao público, fica, então, o convite à reflexão.