Esta semana começou em clima de luto para a comunidade LGBTI de Curitiba. Isabella Soares, 22 anos, foi assassinada na capital gaúcha, em um crime que aponta acertos de conta com seu acompanhante. Isabella morava em Canoas desde o início do ano e pode ter sido morta por engano.
Para a polícia, o homem que estava no quarto com ela era o alvo do bando de três homens que invadiram o motel San Diego, no bairro de Ipanema, e ordenaram que a porta do quarto fosse aberta. Com a negativa, eles dispararam diversos tiros com um pistola 9 milímetros por uma janela, que atingiram Isabella três vezes e ela veio a óbito no local. O crime ocorreu por volta das 23h deste domingo.
O jovem de 24 anos que estava com ela tem antecedentes criminais. Ele se escondeu no banheiro e foi quem acionou a Brigada Militar após os criminosos deixarem o local. A 4ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre (4ª DPHPP) da Polícia Civil investiga o assassinato. Aparentemente, em uma breve pesquisa na internet, são comuns execuções dentro de motéis no Rio Grande do Sul.
Na internet, amigos lembram como Isabella era querida e sempre bem humorada. Ela faleceu muito jovem, o que chocou muitos amigos. A violência contra a população trans é tanta que a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de 35 anos. Isabella, infelizmente, não chegou até esta idade, tendo sua vida ceifada de forma trágica. Que sua morte seja solucionada e os culpados punidos. Ficam os nossos sentimentos à família de Isabella e aos seus amigos que sofrem com a perda.
Vale o elogio à polícia do Rio Grande do Sul e à imprensa gaúcha que não trataram a morte da jovem trans de forma sensacionalista, sempre se referindo a ela como mulher, sem revelar sua transexualidade.