Diva Menner encantou a atual edição do “The Voice Brasil” mas não passou da semifinal na noite desta terça-feira. Integrante do time Iza, a cantora recebeu a preferência do público mas não foi escolhida pela coacher que indicou Victor Alves para representar seu clã. Diva foi a primeira a se apresentar do seu grupo e cantou At Last, da cantora negra americana Etta James.
Aos 36 anos, Diva iniciou sua transição há apenas seus anos. “Eu conseguia cantar, viver de música, mas como um menino. Eu não tinha uma alma, era um artista vazio. Foi um processo um pouco complicado para mim. Eu sabia que era diferente, mas não encontrava meu lugar no mundo”, afirmou a recifense que estudou canto lírico. Cantora de sucesso na noite da capital pernambucana, ela mostrou ao Brasil porque escolheu o nome Diva para si. Representatividade e talento incontestáveis.
Nos últimos anos, a cantora se encontrou na vida e na música, e até surgiu um grande amor. O momento de exposição abriu muitas portas em sua carreira que com certeza seguirá ao estrelato. Sucesso desde sua primeira aparição no programa, ela virou todas as quatro cadeiras e foi comparada à Whitney Houston. Foi escolhida pelo público para ir à semifinal cantado “A Carne” de Elza Soares. “Consegui levar minha mensagem para o Brasil inteiro”, declarou ela após a apresentação que colocou a frase “Desembarcar nesse século e ser uma mulher trans e preta, que fala quando canta” na apresentação e foi elogiada por Iza. A primeira participação de uma mulher trans e negra no programa fez história.