O aplicativo Grindr foi condenado na Noruega a pagar US$ 11,7 milhões (60 milhões de reais) por não garantir a privacidade de seus membros segundo a legislação européia de proteção de dados. Para o órgão de fiscalização do país, a empresa comercializou cadastros de seus usuários, ferindo a lei.
A empresa americana tem até o dia 15 de janeiro para recorrer da acusação. Em defesa prévia, o Grindr afirmou que as práticas se referem a 2018, antes da legislação atual entrar em vigência.
A autoridade norueguesa afirma que o aplicativo fere a lei quando informa se uma pessoa está online e sua localização, e expondo quem está no aplicativo nas versões gratuitas, sem a autorização do usuário.
“Concluímos preliminarmente que o Grindr precisa de consentimento para compartilhar esses dados pessoais e que os consentimentos no Grindr não eram válidos. Ainda, quando alguém é usuário do Grindr, isso fala sobre sua orientação sexual e constitui uma categoria especial no mérito da proteção pessoal”, concluiu a acusação.
A empresa americana havia sido vendida para um grupo chinês mas o governo dos EUA forçou o retorno da plataforma aos americanos, no ano passado, sob alegação de risco de segurança nacional por conta dos riscos que cidadãos norte americanos poderiam correr caso informações pessoais fossem compartilhadas. O vazamento de dados, conversas e imagens dos usuários no passado já questionaram a segurança dos usuários na plataforma.