Neste domingo, 19 de junho, ocorreu em São Paulo a 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+. Se em 2019 o evento já bateu o recorde de público com três milhões de pessoas, dessa vez, a Parada superou esse número e reuniu quatro milhões de participantes, segundo Renato Viterbo, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Os frequentadores lotaram a Avenida Paulista e movimentaram a economia da cidade, já que os hotéis ficaram quase lotados.
Nessa edição, a Parada estava lotada de atrações famosas. Ao todo, reuniram 19 trios elétricos estrelados por artistas como Pabllo Vittar, Luiza Sonza, Liniker, Tiago Abravanel, Ludmilla, entre outros. O tema deste ano foi “Vote Com Orgulho”, fazendo do evento um ato político, principalmente contra a gestão do atual presidente Jair Bolsonaro. Muitos manifestantes exibiram cartazes contra o atual presidenciável, acusado de diversos crimes durante uma das maiores crises sanitárias do mundo, além de ser autor de diversas declarações homofóbicas. Gritos de “Fora Bolsonaro” ecoaram na Avenida Paulista O tema também faz alusão às eleições de outubro deste ano, nas quais teremos a oportunidade de retirar Bolsonaro da presidência.
Para manter a organização de um evento com esse número elevado de participantes, o Governo de São Paulo disponibilizou um grande efetivo de policiais para acompanhar a marcha que seguiu até a Consolação, no Centro da capital paulista. Os organizadores da Parada afirmaram que receberam ameaças de morte durante o evento, apesar disso, nenhuma situação grave foi registrada pela polícia durante o movimento.
Apesar da segurança, a cantora Pabllo Vittar foi vítima de uma agressão enquanto se apresentava. A artista estava em um trio elétrico posicionado na Avenida Paulista esquina com a Rua da Consolação quando foi atingida na cabeça por um objeto arremessado por alguém da multidão. A drag queen não se feriu e continuou sua apresentação.