Morre em Balneário Camboriú a drag queen Nina Buah; saiba mais sobre a artista

Balneário Camboriú perdeu um grande nome, o artista João Paulo Gonçalves que dava vida à drag queen Nina Buah e morreu aos 40 anos. O falecimento de Gonçalves aconteceu nesta quinta-feira, 2 de junho, em decorrência de um linfoma.

Em tratamento, João Paulo realizou, em janeiro deste ano, uma última sessão de quimioterapia. Já em maio, o artista realizou um transplante de medula óssea. No entanto, o tratamento não foi o suficiente para deter o câncer, e João Paulo se manifestou nas redes sociais. Em sua última postagem, no fim de maio, o artista anunciou que sua doença tinha ressurgido apesar do tratamento. Gonçalves anunciou ainda que estava em sua quinta e última quimioterapia, e se mostrou esperançoso em vencer a enfermidade.

“Lutou até o último segundo”, disse Clóvis Santos, marido de João Paulo, ao anunciar a morte do esposo. O velório ocorreu no crematório Vaticano em Balneário Camboriú.

Nina Buah

Natural de Serrania, em Minas Gerais, João Paulo morava em Balneário Camboriú há mais de 26 anos e considerava a cidade catarinense como seu verdadeiro lar.

Em entrevista aos jornais locais, João contou um pouco sobre sua história. Desde criança, sonhava em ser uma bailarina, e gostava de brincar com as meias e vestidos de sua mãe. No entanto, o sonho não era apoiado pelos pais que repreendiam o jovem garoto sempre que ele se vestia de bailarina.

Ainda jovem, se mudou para Balneário Camboriú, onde observou uma cidade agitada e cheia de vida. No Calçadão da cidade, alguns artistas imitavam estátuas e assim João criou a drag queen Nina Buah para trabalhar no mesmo local.

Assim, Nina Buah alegrava aos pedestres e crianças do calçadão. Com o tempo, a drag muito alegre e irreverente caiu nas graças do povo e era convidada até mesmo para festas particulares. Seu bom humor e talento artístico será lembrado por todos que agora se deparam com o vazio no calçadão da cidade. “Sua alegria contagiante e seu bom humor ficarão para sempre em nossa memória e em nossos corações.”, afirma Clóvis.

 

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