Os defensores de Tiago são os advogados Piero Madalozzo e Rodrigo Riquelme Macedo. Em 14 de julho eles afirmaram que vão recorrer da decisão da juíza junto ao Tribunal de Justiça do Paraná. Segundo os advogados, existem provas no processo que atestam que o réu não pretendia roubar as vítimas. Além dos agravantes citados no processo pela juíza, Tiago deverá pagar uma multa equivalente a mais de 9 mil reais.
Preso desde 29 de maio de 2021, Soroka é acusado de cometer crimes contra aproximadamente 20 pessoas. O último delito aconteceu pouco antes de sua prisão, contra um homem residente do bairro Bigorrilho em Curitiba. A vítima, que sobreviveu, foi muito importante nas investigações. O serial Killer também é acusado de matar outros dois homens em Curitiba e um na cidade de Abelardo Luz em Santa Catarina. Dois de seus crimes ocorreram em uma terça-feira, o que a polícia achou uma coincidência, mas depois Soroka explicou que pretendia cometer um crime por semana.
José Tiago afirmou em depoimento que escolhia mais homens gays como vítimas pela facilidade de encontrá-los e entrar em suas casas. O acusado disse ainda que, se as vítimas reagissem aos seus ataques, ele estrangulava os homens até que desmaiassem. Depois disso, Tiago disse que ia embora da casa das vítimas mesmo sem saber se estavam vivas, e levando seus pertences.
As vítimas de Tiago eram atraídas através de aplicativos de relacionamento. Ele disse para a polícia que chegou a confessar para algumas pessoas do aplicativo que era ele o homem procurado, já que sua imagem estava nos principais noticiários.
O primeiro crime investigado pela polícia aconteceu em Abelardo Luz, em Santa Catarina, onde Tiago morou na infância. Na ocasião, Robson Olivino Paim foi encontrado morto. Já o segundo e terceiro crimes ocorreram em Curitiba, onde Tiago matou e roubou David Júnior Alves Levisio em 27 de abril e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, em 4 de maio. Por fim, teve a vítima que sobreviveu à tentativa de assassinato.
Antes de ser preso, o acusado sempre se mudava de endereço para não ser capturado pela polícia. De acordo com as investigações, apesar de negar o crime de homofobia, as características dos assassinatos sugerem que foram crimes de ódio, talvez pelo próprio serial killer não aceitar sua homossexualidade. Segundo a polícia, Tiago não chegou a ter relações sexuais com suas vítimas.
José Tiago está preso desde 29 de maio e não poderá responder ao processo em liberdade.