Na última quinta feira, no Congresso dos EUA, foi debatida novamente a participação de soldados gays nas Forças Armadas. Segundo o general reformado que chegou a ser comandante da OTAN, John Sheehan, contrário a colaboração dos LGBTs, a presença de homossexuais nas tropas holandesas colaboraram para o massacre em Srebrenica, na Bósnia, em 1995.
Para Sheehan, “a inclusão de gays declarados tornou a força holandesa fraca e desmoralizada”, o que levou a sua rendição e a morte de mais de 7 mil muçulmanos. Ele teria dito ainda que ouviu este argumento de um militar holandês.
A declaração recebeu críticas, principalmente dos holandeses. Para o primeiro ministro holandês, Jan Peter Balkenende, as declarações foram “infelizes”. Já o ministro da Defesa holandês, Eimert van Middelkoop, classificou as declarações como “não são dignas de um soldado”. Middelkoop ainda afirmou que o incidente foi investigado na época e que a sexualidade dos soldados não foi agravante no quadro da tragédia.
Inglaterra, Austrália, Canadá, Israel, entre mais de 20 países, já permitem gays nas Forças Armadas. No Brasil o assunto é um tabu, mas o artigo 235, do Código Penal Militar diz “Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito a administração militar”, que penaliza em até de seis meses a um ano de detenção o militar condenado por este artigo.