Desde os anos 80, a região do Ibirapuera, onde ocorreu o incidente, é conhecido ponto de encontro da comunidade gay paulistana. O estacionamento do local entre os portões 3 e 4, antes era de acesso público durante a madrugada e o autorama se tornou um local de interação social, paquera e diversão. Em 2013, a prefeitura fechou o acesso ao estacionamento do parque durante a noite, entre a meia noite e as 5h da manhã, depois passou a abrir o parque 24 durante o final de semana, de sábado para o domingo, mas impedindo a entrada de carros, sendo o acesso restrito ao portão 2. Seguindo uma antiga solicitação de moradores da região nobre vizinha, o autorama foi extinto no ano passado, reaberto sem carros, mas sem substituição da opção de diversão, muitos gays ainda frequentavam o local, tendo que se deslocar a pé até o parque.
Crimes homofóbicos no local não são novidade, bem como o abuso por parte dos frequentadores da madrugada. Falta de iluminação e policiamento completam a receita da tragédia. Com apenas 19 anos o rapaz teve sua vida ceifada, enquanto só queria se divertir com os amigos.
O crime passou a ser investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância que esta semana ainda recebeu o caso do casal de jovens gays agredidos dentro de um vagão do metrô. Um dia antes morte de Macedo, na região da Av. Paulista, jovens protestaram com o evento “Revolta da lâmpada”, lembrando os 4 anos do ataque de adolescentes contra homossexuais usando lâmpadas fluorescentes, na mesma avenida.