Nascido em Caracas, na Venezuela, Zerolo lutou para a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ocorrido em 2005 na Espanha, quando presidente do Coletivo LGTB de Madrid – COGAM, onde conehceu seu esposo. A aprovação da lei espanhola representou a primeira vez que um país reconheceu o casamento igualitário no mundo, com plenos direitos aos casais do mesmo sexo, e não mais uma lei específica de parceria civil ou contrato entre partes. Zerolo também articulou no país as leis que garantem direitos as pessoas transgêneros na Espanha, mais uma vez junto com outros militantes importantes.
Ao assumi seu câncer pelas redes sociais no ano passado, militou ainda por fim pelos pacientes enfermos com a doença, expondo seu visual já mudado pelo forte tratamento mas sem deixar de mostrar otimismo e disposição. A homofobia não deu trégua em sua vida nem quando estava doente, tendo um padre afirmado que sua doença era um castigo divino por sua militância em prol dos direitos LGBT. Sua morte e enterro tiveram destaque em toda a mídia do país, dada a importância de sua figura para a política recente da Espanha, principalmente para a comunidade LGBT.