A Lado A entrou em contato com o delegado Erick Busetti, responsável pelo caso que nos elucidou os depoimentos dos acusados Afonso Henrique dos Santos, de 22 anos, e Fernando Nicolas dos Santos, de 30, (foto à dir.) presos esta semana em Curitiba, depois de cometerem mais um crime. Em depoimento, os assassinos alegaram que o tiro que matou Matheus, dado por Afonso, que está com a mão machucada, foi acidental e que eles foram até a vítima depois que ela, de carro, os cantou e parou à frente para esperar eles. Para o delegado, os dois querem justificar o crime e tentar minimizar o que está claro: foi um latrocínio, já que evadiram no carro da vítima, encontrado posteriormente depenado.
O momento do crime foi gravado por duas câmeras de segurança no local que já estão em análise na perícia. Nos vídeos, segundo o delegado, é possível ver que há um diálogo prévio, que os rapazes entram no carro de Matheus, há o tiro, e em seguida Matheus sai do carro (já baleado, tenta pedir socorro e cai próximo à estrada do Ribeira, onde seu corpo foi encontrado), enquanto os acusados fogem em seu veículo, um Fiat Uno. Para a polícia é um mistério se a vítima já conhecia ou não os assassinos. Todavia seu celular e computador não foram periciados.
A alegação dos assassinos pode ser usada contra eles em uma possível condenação por latrocínio. A hipótese de tiro acidental deverá ser analisada pela perícia técnica que irá apresentar no próximo mês as suas conclusões. Se condenados por latrocínio com os agravantes de não oferecer defesa, socorro e por homofobia, os assassinos de Matheus podem pegar mais de 30 anos de detenção.
Se você tiver mais informaçõe sobre o caso, entre em contato com a polícia do Alto Maracanã, em Colombo (41 3605-6558).