Em Fevereiro de 2015, Tristan Seehus, 13, tirou sua própria vida depois de viver meses de agressões e abusos físicos e psicológicos na escola Lincoln Park Middle, no estado do Minnesota. As crianças o identificavam por homossexual e, por isso, era trancado em armários, ofendido com palavrões e espancado. Inconformado com a perda, o pai, Todd Seehus, está processando a escola por não ter oferecido um ambiente escolar saudável e nem protegido seu filho.
No processo, ele alega que tanto o distrito, o conselho estudantil da escola, os professores quanto os administradores falharam ao proteger seu filho contra o bullying. Outro objetivo da ação judicial é evitar que outras crianças passem pela mesma dor e obrigar as escolas a serem submetidas a um programa de treinamento sobre diversidade e homofobia.
A alegação afirma que Todd havia levado o problema para todas as partes responsáveis para que atitudes cabíveis fossem tomadas. Ainda segundo ele, o problema foi ignorado.
Inconformado, o pai revela que Tristan não se identificava como gay, mas que, ao mesmo tempo, a sua família não se conforma com estereótipos de masculinidade e por isso as crianças deveriam ser educadas com mais liberdade de expressão de gênero.
História que se repete
Em 2010, Roger Crouch, 54, perdeu o filho nas mesmas circunstâncias, mas em país diferente, a Inglaterra. Roger se tornou um grande ativista contra o bullying, chegando a receber o prêmio de Herói do Ano da ONG Stonewall. Mas um ano e meio depois também cometeu suicídio por não conseguir superar a perda do filho de 15 anos.
Se o tema te interessa, confira dois outros casos que reportamos, o texto “Só por ele respirar”, da mãe de um jovem que se matou, além da história do menino de 11, Michael Morones, que tentou se matar pela homofobia que sofria mas sobreviveu e ficou com sequelas.