Madonna e Cher aderem ao movimento #EleNão nas redes sociais

Antecedendo uma das maiores manifestações em todo o Brasil, as cantoras Madonna e Cher aderiram ao movimento #EleNão. A hashtag viralizou na internet nas últimas semanas, como parte de uma iniciativa para se posicionar contra o candidato Jair Bolsonaro. Diversos artistas foram desafiados a aderir ao movimento, que saiu das fronteiras brasileiras e está ganhando o mundo.

Ícones da comunidade LGBT, Madonna e Cher não ficaram de fora. O candidato Bolsonaro é extremamente machista, homofóbico e racista, comumente comparado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na época de sua campanha política, em 2016, o candidato tinha discursos que se assemelhavam ao de Bolsonaro. Assim, os manifestos de Madonna e Cher chegaram a mencionar as atitudes preconceituosas do presidente dos Estados Unidos.

A cantora Madonna postou uma imagem em que aparece com uma fita tapando a boca, na qual está escrita a palavra “Freedom”, em português, “liberdade”. A foto postada no stories do Instagram ainda contém as frases “Ele não vai nos desvalorizar” e “Ele não vai nos calar”, acompanhadas da hashtag #EleNão e #EndFascism (“Fim do fascismo”).

Já a cantora Cher também demonstrou seu apoio ao movimento #EleNão, mas através de seu fã clube brasileiro. A cantora compartilhou no Twitter uma mensagem do perfil do fã-clube em que um fã a comunicou sobre o movimento.

Divas LGBT

Madonna e Cher são consideradas as divas da comunidade LGBT. Em 1980, quando o estigma da epidemia da AIDS atingia esse público destinando ainda mais preconceito, Madonna foi uma das ativistas pelo fim da discriminação. Além disso, ela levou aos palcos danças marginalizadas comumente associadas aos guetos e à população negra. Em seu último show na Rússia, em 2012, Madonna protestou contra as leis anti-lgbt e recebeu insultos das autoridades. Depois desse episódio e devido à homofobia do país, Madonna afirmou que não voltaria mais ao país. Além disso, na mesma época, integrantes da banda de ativistas Pussy Riot estavam presas e a cantora defendeu que fossem livres.

Assim como Madonna, a cantora Cher, de 70 anos, sempre defendeu a comunidade LGBT. Sua carreira iniciou-se como cantora hippie em meados dos anos de 1960, quando também começou a atuar. Quando esteve no Brasil, em 2015, Cher recebeu o prêmio Award Inspiration por seu ativismo na luta por direitos LGBT.

Em suas performances, Cher exala representatividade. Nos anos de 1970, fazia apresentações vestida de homem. Já em 1983, interpretou uma personagem lésbica no filme Silkwood – O Retrato de uma Coragem. Durante toda a sua carreira ela sempre defendeu a diversidade sexual e os direitos das mulheres.

A cantora expressou ainda mais a comunidade LGBT ao apoiar o seu filho trans, Chaz Bono. O músico é uma grande referência americana de ativismo dos direitos LGBT. Quando começou a transição, Cher disse que apoiaria o filho em qualquer ocasião e que deseja que ele seja feliz.

 

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa