Após se opor a adoção de crianças por casais LGBT junto com o estado americano de Oklahoma, parlamentares do Kansas prendem agora retirar ainda mais direitos da comunidade. Legisladores republicanos propuseram que as poucas leis que asseguram a cidadania LGBT sejam retiradas.
De acordo com projetos de deputados como Brandon Woodard, Susan Ruiz, D-Leneza e D Shawnee, empresários do Kansas não poderiam discriminar a mão de obra LGBTI+. A proposta foi colocada em pauta no início do ano, 15 de janeiro, o que despertou a ira de legisladores de oposição.
Para os deputados favoráveis aos direitos LGBT, respeitar e acolher trabalhadores dessa comunidade é um forma de impulsionar a economia. Além disso, um estado mais acolhedor atrairia ainda mais mão de obra e novos negócios. Os projetos incluem o respeito à sexualidade e também à identidade de gênero.
Em maio de 2018, os estados do Kansas e Oklahoma aprovaram um conjunto de leis que impediam a adoção de crianças. Os projetos foram aprovados com 56 votos a favor e 21 contra. No Kansas, os republicanos ficaram divididos sobre aprovar ou não a proposta. Os projetos foram sustentados com argumentos de que a cidadania e adoção por parte de LGBTs fere questões religiosas.
Retirada de direitos
Entre parlamentares favoráveis e contrários aos direitos LGBT, ressurgiram pautas que retiram a cidadania dessa comunidade. Agora, os parlamentares conservadores pretendem proibir o casamento LGBTI+. Além disso, os projetos visam retirar outros direitos como os já assegurados contra a discriminação de trabalhadores LGBT.
A justificativa desses projetos que mencionam até mesmo a “cura gay”, tem cunho religioso. As frentes evangélicas estão argumentando que a comunidade LGBT se trata de uma doutrina, chamada por eles de “humanismo secular”. De acordo com essa “ideologia”, a doutrina LGBT pretende retirar a legitimidade de grupos religiosos. Além disso, os LGBTs são acusados de usar o governo a seu favor e “doutrinar” crianças.