A Aliança Nacional LGBTI se uniu com a GADvs para pedir maior respeito no futebol. Um dos motivos que levaram ao pedido de respeito à CBF foi o fato de os jogadores evitarem usar a camisa de número 24, considerado o número do “veado”.
Há mais de 120 anos o criador do jogo do bicho associou o numero 24 ao veado. Depois disso, como veado é usado muitas vezes de forma pejorativa para se referir aos homossexuais, o numero sempre é rejeitado. Assim, no futebol, muitos atletas ainda temem o uso da camiseta de numero 24 por medo de serem associados a homossexualidade. De acordo com uma reportagem da Folha de S. Paulo, nenhum clube do Brasil usa o numero 24 nas camisas.
Em virtude disso e dos demais casos de LGBTfobia dentro de campo, as entidades LGBT decidiram agir. Não é de hoje que o futebol é um espaço altamente machista e homofóbico, dominado por homens. Além disso, muitos atletas homossexuais estão ocultos nos times de futebol. Muitas vezes isso acontece por medo de represálias ou preconceito no esporte.
Como forma de reivindicação, a Aliança Nacional LGBTI e o Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual (GADvs) enviaram um comunicado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A carta não pedia que os atletas fossem obrigados a usar a camisa 24, mas sim que o assunto de LGBTIfobia seja discutido e problematizado.
Resposta
A carta à CBF foi enviada no final de janeiro. Poucos dias depois, a entidade respondeu ao comunicado. De acordo com as palavras da CBF, é reconhecida a LGBTfobia dentro dos campos. A entidade considera no entanto que essa questão é cultural e estrutural. Assim, leva-se muito tempo para a conscientização dos clubes e torcidas.
Com o objetivo de além de reconhecer a LGBTfobia no esporte e ajudar para diminui-la, a CBF fez uma proposta. A entidade disse que enviará a cópia da carta da Aliança Nacional LGBTI e da GADvs para todos os clubes do Brasil. Assim, espera-se que os clubes conscientizem seus atletas e suas torcidas contra a LGBTfobia.