A ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, se reuniu com “ex-gays” e psicólogos que defendem a cura gay. Em seu gabinete, a ministra recebeu o grupo na segunda-feira, 5 de agosto. Apesar da aparente boa recepção do grupo, retratada em fotos com Damares, o conteúdo da reunião não foi divulgado.
O Movimento Ex-Gays do Brasil (MEGB) defende que os homossexuais podem deixar sua sexualidade de lado para exercerem a heterossexualidade. De acordo com o movimento, os “ex-gays” já são a “minoria da minoria”, isto é, também sofrem preconceito por suas ações e ideologias.
O MEGB é formado por “ex-gays” e psicólogos que defendem a cura gay. De acordo com esses profissionais, o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia (CPF) é condenável. Conforme a entidade, nenhum psicólogo está autorizado a realizar sessões de terapia com o intuito de mudar a sexualidade do paciente. Além disso, esses grupos de psicólogos favoráveis à “cura gay”, pretendem liderar o CPF. O objetivo é mudar a proibição sobre “cura gay”.
De acordo com o MEGB, as pessoas devem ser livres para que escolham uma vida heterossexual. Além disso, o movimento afirma que seu posicionamento não o faz homofóbico. A ideia do movimento é que cada indivíduo tem o direito de “deixar e permanecer”. De acordo com o MEGB, é possível deixar a homossexualidade e permanecer na heterossexualidade.
Damares e a cura gay
Desde que começou a aparecer na mídia como indicada de Jair Bolsonaro (PSL) para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares é autora de diversas polêmicas. Muitos vídeos foram encontrados na internet nos quais a ministra defende a “cura gay”. Além de ser ministra, Damares é pastora e usa de sua visibilidade para espalhar verdadeiros absurdos sobre homossexualidade.
No início de seu mandato como ministra, durante a posse do cargo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), Damares disse uma frase que ficou conhecida como sua marca registrada. “Meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, disse a mulher que também insiste na existência de uma “ideologia de gênero”. Segundo seu discurso, que se assemelha ao de vários conservadores, existe uma “ideologia de gênero” no Brasil que leva crianças à homossexualidade.