O assunto da semana foi um jovem gay de 22 anos, Cleiton Oliveira, de Manaus, que foi vítima de uma agressão homofóbica de um motorista do plataforma 99. Em seguida, espalharam-se informações de que o rapaz é um conhecido assediador de motoristas de app na cidade. Tudo isso foi suficiente para fazer com que a maioria das pessoas reprovassem a atitude do passageiro e dessem razão ao motorista. Agora, a história recebe nova reviravolta.
Um suposto áudio do momento do assédio mostra um motorista alterado, xingando, ameaçando o rapaz e dizendo que o levaria à delegacia. Ao invés disso, o áudio é cortado quando o homem passa a agredir Cleiton. Segundo a vítima, houve ameaça de morte e ele pulou do veículo em movimento. Outro ponto, é que o motorista usava o carro e a conta de outra pessoa. Junior Cruz da Silva, o motorista inicialmente denunciado,falou na delegacia que emprestou sua conta do 99 para o tio, Paulo Lima.
Fica claro que o motorista agrediu o rapaz e não foi à delegacia. Ao prestar depoimento, ele alega que deu apenas um golpe no rapaz, com as costas da mão, o que não corresponde com a imagem do agredido. Paulo alegou que o agredido já havia enviado mensagens de cunho sexual e preferiu não cancelar a viagem.
Outros motoristas de aplicativo da cidade postaram imagens que seriam do rapaz, com apelido de Bundudo, com propostas sexuais. Já havia conhecimento do comportamento do rapaz entre os motoristas. Outra postagem do Twitter, que supostamente seria do rapaz, ele diz que um dia, bêbado, atacaria um motorista de aplicativo.
Tudo leva a crer que o rapaz tem sim um comportamento deplorável em relação ao serviço de motoristas de aplicativos, fazendo mau uso dele. Por outro lado, a polícia vai investigar a possível homofobia, já que há indícios de que o desenrolar da situação pode sim ter sido premeditado, além do exagero do emprego de força para conter um suposto assédio. Tanto o cliente quanto o motorista foram banidos do aplicativo até o encerramento das investigações.
Em 2014, a Lado A postou sobre um rapaz agredido por taxistas em Curitiba. Eles alegam que o rapaz enviava mensagens com propostas sexuais. A ação foi gravada pelos próprios agressores e foi colocada na internet. Este caso, claramente, um crime premeditado. O rapaz, porém, não registrou ocorrência.