Mais de 15 mil transexuais, mas nenhum homossexual no Irã

Redação Lado A 10 de Outubro, 2007 17h50m

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Muitos homossexuais iranianos fazem a cirurgia de mudança de sexo para poder viver na sociedade ultra-conservadora do país. A operação foi autorizada pelo aiatolá Khomeini, líder espiritual da Revolução Islâmica de 1979, há mais de 25 anos. Além de R$ 9 mil de incentivo para pagar o tratamento, há linhas de crédito para quem se submeter ao tratamento hormonal e a conclusão da mudança de sexo. Um militante local afirmou em seu site que é a forma de não ser discriminado em suas famílias e ainda ter uma vida normal, já que ser homossexual é considerado crime grave pelas leis islâmicas e pode ser condenado à morte. “Se alguém (homossexual) quiser estudar, ter um futuro e uma vida normal o jeito é passar por esta cirurgia”, afirma.


Isso esclarece e muito a declaração do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, no mês passado, que afirmou que não existiam gays em seu país. Já que, ou eles fogem, ou eles viram transexuais. O governo estima que exista entre 15 e 20 mil transexuais, mas o número pode ser até 10 vezes maior, segundo algumas organizações. O Irã só perde para a Tailândia no número de cirurgias de mudança de sexo.

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