Um livro sobre a vida íntima de um galã de Hollywood está dando o que falar nos Estados Unidos. O Clark Gable descrito como “jovem, vigoroso e brutalmente masculino” pelo “New York Times”, quando em cartaz num teatro da cidade, ouviu um baita desaforo ao se separar da primeira mulher: “É bom você ser o melhor ator que puder, porque jamais será um homem”.
E Gable – o Rhett Butler que fez a cabeça de Scarlett O´Hara no clássico “E O Vento Levou” e de todas que acompanharam sua saga, parecia ser bem menos viril, tendo subido a escada da fama pagando com o próprio corpo; ou seja, indo para a cama com poderosos de Hollywood para chegar aonde queria.
Estas e outras histórias estão em “Clark Gable – Tormented Star” (astro atormentado), do britânico David Bret, livro recém-lançado nos EUA e já criticado ferozmente pelo “New York Times”. É mais uma das dezenas de biografias sobre o ator, mas a primeira a narrar detalhes de sua vida sexual com homens.
No livro o autor relata também que apesar de sua masculinidade expressiva, ele preferia ser passivo nas relações sexuais com outros homens, o chama de oportunista ao afirmar que ele transava com aqueles que de alguma maneira poderiam ajudar em sua carreira.
“Ele era másculo, mas gostava de ser o passivo em relações com outros homens”, afirmou Bret em entrevista à Folha. “Era um oportunista, na verdade, o que chamo de “gay for pay”. Transava com todo mundo que pudesse interessar para sua carreira.”
Gable não foi o único astro de Hollywood a esconder relações homossexuais numa época em que ser gay era considerado doença. O mesmo fizeram Cary Grant e Gary Cooper, entre outros. Até Humphrey Bogart, astro de “Casablanca”, pode ter estado entre entre os simpatizantes demais.
O livro, ainda sem previsão de chegar ao Brasil, pode ser encontrado pelo site Amazon.com
Clark Gable – Tormented Star
Autor: David Bret
Editora: Carroll & Graf
Quanto: US$ 26 (R$ 43, em média), mais taxas, na Amazon.com; 287 págs
