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Leitores da Lado A preferem perfumes importados

Redação Lado A 21 de Maio, 2008 05h40m

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Em enquete realizada no início deste ano em nosso site, aproximadamente 45% dos internautas que participaram da pesquisa “Que tipo de perfume você usa?” responderam que preferem perfumes importados. Apenas 15% disse usar o produto nacional e quase 28% afirmou usar marcas nacionais e importadas.

É fato! Quem é que não gosta de um homem perfumado? Item indispensável na necessaire de qualquer pessoa, os perfumes estão, cada vez mais, ganhando status de artigo de luxo. Quem não pode levar para casa uma peça de roupa assinada por uma grande grife acaba comprando um acessório aqui, um sapato ali. E a mesma regra vale para os perfumes, que acabam se tornando produtos bem mais ao alcance da população em geral. A indústria da moda viu aí uma saída milionária, após a decadência da alta-costura.

Nada como abrir a porta do seu banheiro e se deparar com vários vidirinhos que levam nomes que vão de Chanel à Dior espalhados pela pia. Hoje o mercado é repleto de fragrâncias que agradam todos os gostos e bolsos.

Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os Deuses por meio da fumaça. Eles queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que surgiu a palavra “perfume”, em latim “per fumum”, que significa “através da fumaça”.

Mais tarde, diversas ervas compunham banhos aromáticos, pomadas e perfumes pessoais dos egípcios. Mas foi Cleópatra quem eternizou a arte da perfumaria, ela seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume à base de óleos extraídos das flores de henna, açafrão, menta e zimbro.

No início o líquido eram à base de ceras, gorduras, óleos vegetais e sabões misturados a ervas. Com a descoberta do vidro, no século I, os perfumes ganharam uma nova cara, reduzindo sua volatilidade e ganhando formas e cores.

Mas somente séculos depois, nos loucos anos 20, que a perfumaria viveu sua fase mais criativa. A primeira-dama da moda, Coco Chanel, teve sua contribuição para isso, ao criar o Chanel Nº5, primeiro perfume a usar materiais sintéticos em sua fórmula. Aliás, ao que parece, um assistente do perfumista francês Ernest Beaux teria errado na composição da fórmula da fragrância encomendada por Mademoiselle Chanel. Em vez de apenas 1% de aldeído undecilênico, a solução recebeu acidentalmente uma dose dez vezes maior. A fragrância resultante foi considerada extraordinária e deu início a um “boom” no uso dos aldeídicos na fabricação de perfumes. Outro mérito deste perfume foi reforçar a associação entre o uso do perfume e o jogo da sedução. A discussão ganhou fôlego na década de 50, quando a atriz Marilyn Monroe declarou que usava uma gotinha de Chanel nº 5 para dormir, e nada mais.

Hoje o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social, podendo um pequeno frasco pode atingir valores exorbitantes. Mais do que revelar a personalidade de uma pessoa, o perfume influencia o estado de espírito. Ao penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sistema límbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções. Quando uma mensagem aromática penetra neste sistema, provoca sensações de euforia, relaxamento, sedação ou estimulações neuroquímicas.

A França continua ser o grande produtor de fragrâncias com forte mercado exportador. Entretanto não só de marcas estrangeiras faz-se um bom perfume, o Brasil tem reconhecimento internacional na produção dos líquidos cheirosos. Numa enquete feita pelo site da Revista Lado A nossos leitores revelaram ainda preferir os vidrinhos importados. Apenas 4% dos nossos 247 entrevistados de nossa pesquisa afirmou não gostar de usar perfumes. Nacionais ou estrangeiros o que vale é andar perfumado por aí!

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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