Yves-Mathieu Saint-Laurent, ou simplesmente Yves Saint Laurent, um dos mais prestigiados estilistas do século XX, morreu neste domingo, dia 1º, em Paris.
O anúncio veio (sem a causa da morte) da Pierre-Berge-Saint Laurent Foundation, que o lendário estilista mantinha com seu parceiro Pierre Berge. “Ele sabia perfeitamente bem que havia revolucionado a alta-costura, o lugar importante que ele ocupou na segunda metade do século 20”, declarou o empresário em entrevista à LCI TV.
Nascido em 1º de agosto de 1936 em Oran (Argélia), Laurent começou a carreira cedo, tornou-se colaborador de Christian Dior e virou seu sucessor após a morte do costureiro, em 1957. Seu primeiro desfile aconteceu em 1958. Ele criou sua própria maison em sociedade com Pierre Bergé.
O Saint Laurent anunciou a aposentadoria e apresentou seu último desfile em janeiro de 2002. O smoking feminino, lançado em 1966, foi uma das marcas mais importantes do costureiro.
“Participei da transformação de minha era. Fiz isso com roupas, o que é certamente menos importante do que música, arquitetura, pintura… Não interessa a importância, eu fiz”, declarou o estilista, em 2002, época em que abandonou a alta-costura.
Saint Laurent foi para a história da moda uma espécie de Mozart, combinando imaginação e virtuosidade com lirismo, romantismo e alegria. “Sua contribuição para a moda foi dar poder para as mulheres depois que Coco Chanel as libertou”, disse Pierre Bergé.
O estilista celebrizou uma série de itens do guarda-roupa feminino, como as jaquetas safári, as calas e blazers para mulheres, além de ter sido o primeiro estilista a colocar uma modelo negra na passarela.
O mestre partiu, cansado da banalidade em que a moda se meteu.
