Resolvi abordar esse tema pois já ouvi muitas indagações como esta de héteros e homossexuais e um deles, ao me relatar sua experiência como portador do HIV, deixou-me muito sensibilizada pois percebi que a intenção dele, relatando sua experiência, que era de ajudar e conscientizar as pessoas, principalmente os jovens gays, como ele.
Noto uma grande facilidade e até promiscuidade nos relacionamentos, principalmente ocorrendo com jovens gays que estão entrando nesse mundo GLS, isso é preocupante, continuou ele, mas o fato é que eu sou HIV+ há 5 anos e há 4 faço uso de medicamentos, fui ingênuo em meu relacionamento, em acreditar na pessoa, enfim fui infectado, me deixei levar pela boa aparência dele, pois tinha uma visão diferente do que era uma pessoa com AIDS, e acho que muitos jovens têm essa visão perigosa, a AIDS NÃO TEM CARA, E SE ESCONDE ATRÁS DE UM CORPO E ROSTO BONITO também.
E agora, por ser crédulo e descuidado, vivo com a doença e sei dos efeitos terríveis da medicação, das doenças oportunistas, do grande preconceito e discriminação até mesmo entre os gays, falo porque já passei e passo por isso. “A vida de um homossexual já é por si só muito triste para alguns, imagina sendo gay e HIV+”. E termina seu desabafo.
Realmente apesar da vasta divulgação e de programas sobre como prevenir a infecção pelo HIV, nota-se uma banalização, quase que um desdém com os cuidados a serem tomados, nos relacionamentos em geral. A uma grande procura por parceiros, almas gêmeas, relacionamentos duradouros e para isso se “agarram” aos relacionamentos sexuais nos primeiros encontros, sem conhecer nada da outra pessoa em ambientes que levam à promiscuidade, ao descuido, fantasias, ou então relacionamentos “descartáveis” por puro prazer, acho que acreditam que a AIDS só afeta os outros, e tornam-se descuidados.
Com esse relato queremos que todos evitem a AIDS e muitas outras doenças sexualmente transmissíveis, com cuidados básicos amplamente divulgados pois, caso contrário, terão problemas que afetarão sua vida de uma forma por enquanto sem solução (sem cura).
Claro que se pode viver bem com a doença, atualmente com as drogas existentes para controlar o vírus, mas se podemos evitar tal incômodo. Por que não tomar pequenos cuidados que representará uma VIDA SAUDÁVEL E FELIZ sem o uso de remédios fortes? Gostaria que todos parassem e pensassem um pouco sobre isso, como fator determinante para uma vida feliz, sem complicações.