Seguranças agridem rapaz em parque em Canoas – RS

O tradicional parque Getúlio Vargas, conhecido como Parcão, em Canoas, mais uma vez foi alvo de atitudes covardes e homofóbicas. O grupo Nuances, de Porto Alegre, já recebeu inúmeras denúncias de agressões ocorridas no parque por conta de seguranças mal informados e homofóbicos. Pelo menos dois casos já foram acompanhados juntamente com a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.

Desta vez, um rapaz, Marcos de Souza foi agredido violentamente por um dos guardas da Segurança Pampa, empresa terceirizada responsável pelo parque. A violência ocorreu no dia 21 e abril. Marcos andava pelo parque quando foi abordado por um segurança que teria sido avisado por outros dois funcionários. Sem questionar a razão de Marcos naquele local, o guarda já foi deferindo golpes em cima do jovem.

O rapaz passou pelo constrangimento de ter sido inclusive algemado. Posteriormente, Marcos teve que ter sido encaminhado ainda para um hospital, ainda algemado, por ter tido seu nariz fraturado pela violência da abordagem, além de ter recebido pontos em sua cabeça, causados pela agressão do guarda. Em seguida, foi encaminhado a 3ª Delegacia de Policia de Canoas, localizada na Avenida Boqueirão.

Chegando lá, o guarda fez uma ocorrência policial contra Marcos, acusando-o, inclusive de pedófilo, sem ter prova alguma. Passados dois dias Marcos, retornou ao parque para buscar sua bicicleta que havia deixado no parque. Foi novamente ameaçado e foi preciso até que a gerência do parque fosse chamada.

Marcos procurou o apoio do grupo Nuances de Porto Alegre que encaminhou o caso à Comissão dos Direitos Humanos. A Comissão, por sua vez, estará enviando um ofício à administração do Parque Getúlio Vargas, para que sejam apurados os fatos e que haja uma punição justa, visto que está sendo colida a liberdade e o direito de ir e vir deste cidadão, como prevê a lei estadual 11.872 que dispõe sobre a promoção e reconhecimento da liberdade de orientação, prática, manifestação, identidade, preferência sexual e dá outras providências como respeito à igualdade e a dignidade da pessoa humana.