Travestis já podem usar nome social em escolas de nove estados

Uma medida que permite travestis usarem seus nomes sociais nas escolas já foi aprovada por nove das vinte e sete unidades federativas da República. Segundo a  Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), as secretarias estaduais de Educação de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Pará, Goiás e Alagoas já permitem que o aluno tenha o nome social escrito em sua documentação escolar, mas vale lembrar que a medida é valida apenas para os estudantes maiores de 18 anos.

Quatro dos nove estados que passaram a usar nome social dos transexuais e travestis nos documentos escolares estão entre os que mais registram casos de homicídio contra homossexuais GLBT, sendo que a Bahia teve 21 gays, uma lésbica e três travestis mortos, já o Paraná somou oito gays, 15 travestis e duas lésbicas assassinadas, fazendo assim os dois estados liderarem o ranking feito pelo GGB, grupo Gay da Bahia, de violência contra a comunidade LGBT.

Desde 2008, o Ministério da Saúde reforça a orientação aos funcionários de postos de saúde e hospitais a usarem os nomes sociais de pacientes gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.