A mão que balançava o berço era da Lady Dal Uó

Falar da moda a catarinense, ou mesmo da moda, pode ser simples como também pode ser um pouco mais complexo, é um bom ensaio falar sobre o jornalista e produtor de moda Jeff Machado, que vive em Florianópolis, dentro da Casa Amarela. Lá mergulhamos em um mundo não tão imaginário, porém artístico, onde produzimos campanhas de moda, editorias de moda, ensaios de moda, “house-bussines”, como adoro falar, já que sou parte direita dele, braço, então começo assim.

Lá estava ela, a Casa Amarela, uma fachada acolhedora, toda gaiola aberta pode ser um convite para uma prisão, bilhete sem retorno, mas se tratando de uma gaiola, mundo ou mesmo a luxuosa, poderosa e gloriosa casa, Amarela.  O pássaro que entrou, não deixou muitos espaços para outros visitantes além daqueles que já conheciam o lugar, tranqüilo, inspirador, feliz e artístico, daqueles que saltam os olhos. Metade homem, metade mulher, momento negro, momentos morcego, sugador. O belo, às vezes quando por mal, surge como um vírus, destruidor! Seduzindo e cegando o Rei, o grande Dragão, que por últimas da vida esteve ferido em suas asas, assumindo a forma de Cavalo. Assim o Pássaro Preto, deliciava sua melhor personagem, lady Dal Uó.
 
Tem continuação
Com a entrada de Dal Uó, garota de programa das antigas, um tipinho bem comum em grandes centros hipócritas, ditos elite da cidade, assombrou todos os seres voadores que reinavam no quarto da felicidade, que recebeu um rótulo pesado da lady Dal uó, o selo do pecado. Lady Dal uó, podemos usar para tudo aquilo que é repugnante, tenho um resumo científico para ela: podridão humana.

O Dragão tem poder de transformação do lixo em luxo. Então o interesse maior da Lady Dal Uó, ou, seria renovar suas fotos através da permuta corpo, se tornando o desejo contemporâneo, afinal já é conhecida como Maria foto nos bastidores. O cavalo jamais deveria permitir o toque dos lábios da garota profana, lábios secos e venenosos, embriagados de remédios tarja preta, que sempre selavam o beijo do escorpião armado de facas lançadas no seu peito e costas, pronto para jogar o belo, vivo e forte na hemodiálise da doença e do sofrimento, molestando o talento, cortando as asas e apagando o fogo.

A aproximação do ontem Sr. do Tempo e hoje Sra. da Herança, Dal Uó, é fatal. Obcecada, enxerga pessoas como escadas, apoio para seus devaneios inspirados nos vampiros: pálidos, cabeludos, escondendo seu terceiro olho frontal que fica na longa testa com as orelhas disformes, os olhos presos no passado de mentiras aos ex-amores que afetaram a formação do nariz-pinóquio e as mãos gordas.

odo artista, ou mesmo talento, sempre corre os risco. Porém, quando descoberta, a Lady Dal Uó se tornou totalmente dispensável, o Pássaro Preto expulso, e assim sendo a Casa Amarela deixa de ser uma gaiola e volta a ser um mundo paralelo, feliz. Se você um dia entrar nela, tenho certeza que sempre voltará.