Polícia carioca prende dois militares por atirarem em gay após Parada Gay e pede fechamento de parque à noite

Após uma balística que constatou o uso de armas e a confissão de um militar de que teria sido autor do disparo contra um estudante homossexual de 19 anos no último domingo no Parque Garota de Ipanema, após a Parada Gay carioca, o delegado Fernando Veloso, da delegacia do Leblon, encerrou as investigações sobre o incidente, pedindo a prisão preventiva dos terceiros sargentos Ivanildo Ulisses Gervásio e Jonathan Fernandes da Silva, que já estão detidos e aguardam a identificação deles pela vítima e testemunhas.

 Os acusados respoderão na Justiça comum por tentativa de homicídio qualificada, por motivo torpe, e ainda a processo militar. O delegado Fernando Veloso pediu ainda o fechamento do parque à noite à prefeitura alegando ser um ponto de promiscuidade “Não é uma questão de juízo de valor. Mas o local tem sido usado à noite como ponto de promiscuidade. Pela manhã, pais e mães encontram preservativos pelo chão”, alegou.

Na noite de domingo, três homens fardados abordaram um grupo de gays no parque que fica ao lado do histórico Forte de Copacabana, e agrediram e fuzilaram o jovem. Em nota oficial, o Exército informou que “O Exército Brasileiro reafirma o seu firme compromisso de não admitir, em hipótese alguma, que desvios de conduta de quaisquer dos seus integrantes fiquem impunes”.