Mais um gay é agredido na região da Paulista e policial tenta minimizar o crime

Na madrugada desta terça-feira, o professor e estudante Guilherme Rodrigues, de 23 anos, foi agredido por um grupo de skinheads na região da  Paulista, em São Paulo, quando observava o grupo. Militante e ativista dos direitos gays e políticos, o rapaz acompanhava o grupo que parecia que iria atacar um casal homossexual quando eles se viraram e o atacaram em frente a um posto de combustível na esquina da Rua Augusta com a Rua Peixoto Gomide. A agressão terminou com a intervenção dos funcionários do posto e com a chegada de uma viatura de polícia. Segundo Rodrigues, a policial que atendeu a situação defendeu os skinheads, primeiro tentando o convencer de não registrar a ocorrência, depois, na delegacia, dizendo que Rodrigrues deu em cima do grupo, por isso foi agredido. Com o testemunho dos funcionários do posto, que viram que a vítima não deu em cima dos agressores, eles foram acusados de injúria, ameaça e lesão corporal.

Rodrigues lamentou o incidente e afirmou que ele mesmo participou no mês passado de protestos contra a violência na região. Com medo, se mudou para a casa de um amigo e quer Justiça. Ele espera que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil seja responsável pela investigação do caso e também que o crime seja considerado um ato de intolerância. Em São Paulo, há uma lei que tipifica e pune a discriminação aos homossexuais. Na próxima segunda-feira, ele pretende fazer uma manifestação em frente a 4ª. Delegacia de Polícia, quando entregará seu laudo de corpo de delito ao qual se submeteu depois de ser agredido.