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Pink Flamingos, o filme mais imundo já feito no mundo

Redação Lado A 28 de Maio, 2011 16h22m

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Bizarro. É um dos adjetivos para descrever Pink Flamingos, um filme “cult”, de 1972, do diretor John Waters. O diretor da primeira versão para o cinema de Hairspray e responsável por títulos como Cry Baby (com Johnny Depp), Mãe fora de Série (Kethleen Turner), entre outros, é o responsável por este longa que aborda “a pessoa mais imunda do mundo”. Divine, que também aparece em Hair, entre outros filmes do diretor, é a drag queen estrela de Walters em Pink Flamingos.


Nu frontal, até de uma travesti, cenas de sexo, trama surreal, conta a vida de Babs Johnson, vivida pela drag, uma mulher que se esconde em um trailer, tem uma mãe deficiente mental que vive em um cercado, um filho doidão e é considerada a pessoa mais imunda do mundo. Então aparece uma dupla de criminosos que querem destronar Divine de seu título. Os dois são responsáveis por seqüestrar mulheres, engravidá-las e vender o bebê para casais (também para lésbicas) e começam a perturbar Divine, até que ela mostra, inclusive ao público, porque é a mulher mais imunda da face da terra.


Estupro, sexo com galinhas, masturbação peniana e anal, ejaculação e até Divine comendo um cocô de cachorro fazem parte do filme que tem qualidade duvidosa não apenas no roteiro mas em sua execução. Constrangedor como nenhum outro filme, Pink Flamingos usa do humor negro para criticar a sociedade em busca da fama, vai além do segmento trash e em plena era hippie mostra uma contracultura poderosa e ofensiva. Em uma das cenas, a mãe faz sexo oral no filho, para amaldiçoar a casa dos inimigos.


De tão ruim, o filme tem lugar garantido na história e deve ser visto por aqueles que possuem estômago forte. Se você achou a cena do pênis girando do filme “Bruno” de Sasha Baron Cohen repugnante, bem, reavalie, pois não há nada mais grotesco e deplorável do que Pink Flamingos. Sem dúvidas o filme mais imundo da história.


 


 

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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