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Geração Y: a geração sem limites

Redação Lado A 26 de Julho, 2011 13h04m

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Nasci em 1980, início da geração apelidada de Y, esta que cresceu com as modernidades da internet e pais mais moderados, sem a sombra de uma guerra mundial, em um período em que a economia mundial ia bem. A geração Y é seguida pela geração Z, dos nascidos a partir dos meados dos aos 90. Ambos são muito parecidos em sua criação, mas é clara a diferença de uma geração para outra, principalmente quando se trata de interação. Do meu ponto de vista, a geração Z vem mais sem preconceitos e adaptada, uma vez que os nascidos na geração Y viveram o princípio do mundo digital e tiveram que aprender muito sobre novas linguagens e aparelhos, o conhecimento deles na geração seguinte veio de forma mais natural.


Filhos de pais que nasceram depois da Segunda Guerra Mundial, da geração conhecida como babyboomers, a geração Y e a Z cresceram com mimos, muitas atividades, poucos irmãos e novos conceitos educacionais. A varinha de goiabeira foi substituída por conversa e professores viraram qualquer coisa longe da figura de respeito e idolatria que representava nas gerações passadas. As novas gerações foram educadas pela televisão e pela internet, cresceram com mordomias e precisaram se enclausurar mais por causa da crescente violência urbana.


Consumistas e antenados, a geração Y é produto e meio do mercado atual, onde a tecnologia e a informação andam a passos largos e tudo é supérfluo, superficial e descartável. Querem trabalhar pouco e ganhar muito, não sonham alto, não possuem objetivo altruísta, são centrados no eu, na recompensa, sem falar na vaidade onipresente. Como qualidade, podemos destacar a preocupação com o meio ambiente e as noções mais claras de convivência em grupo e funcionamento social. Aprendem rápido mas possuem menos indivíduos com capacidade de liderança, precisam de uma forcinha extra. Não se esforçam em saber muito das coisas, afinal, está no Google.


Uma boa forma de compreender as novas gerações são os jogos de infância. Antes, jogos intelectuais ou de força – como os esportes de contato, ou seja qual for a característica – esperteza, como o pique esconde, educavam as gerações anteriores. Hoje, jogos quase infinitos nos computadores e consoles moldam as novas gerações. Se antes os jogos tinham começo, meio e fim, hoje, o usuário dos games determina o tempo que levará para terminá-lo. Outra característica destes games é que não se reinicia tudo quando se perde as vidas do personagem ou desliga o aparelho. Você pode recomeçar da fase onde falhou ou desistiu. Pode ainda escolher entre múltiplos personagens e até encontrar atalhos ou trapaças para terminar o jogo. Se antes os jogos eram lazer, hoje eles oferecem um universo paralelo com os RPGs.


E tem ainda as redes sociais, onde nem é mais preciso sair de casa para se fazer amigos. E, quando saem de casa, preferem os shopping centers onde se vai mais vezes do que na casa da avó, por exemplo. A geração Y desbrava este mundo novo digital que será herdado pela geração Z, mas, se as coisas andarem a esta velocidade, daqui a 10 anos já teremos outra geração, a Alpha, que nem precisará pensar com seu cérebro, pois virá com um processador acoplado e quem sabe conexão sem fio. Já temos, é a geração Ipad.

Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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