Gay chileno vítima de skinheads morre após 22 dias internado em coma

Daniel Zamudio, de 24 anos, que no dia 03 de Março foi vítima de um brutal ataque, morreu neste domingo, dia 25, após 22 dias sobrevivendo com a ajuda de aparelhos. Ele estava sendo mantido em coma indulzido e com suporte de aparelhos para que seu organismo tentasse se recuperar dos graves golpes que sofreu. Símbolo da luta contra a homofobia em seu país, o corpo do rapaz sucumbiu e foi declarado com morte cerebral pelos médicos. Seus órgãos porém não poderão ser doados pois sofreram deterioração com a ação de infecções que tomaram conta do corpo do rapaz que chegou ao hospital sem parte da orelha, com uma das pernas quebradas, além de traumatismo craniano causado por pedradas. Símbolos neonazistas foram talhados por seu corpo.

“A Justiça chilena considera este um dos crimes mais graves e prevê a pena máxima, que é prisão perpétua qualificada, ou seja, 40 anos de prisão efetiva antes da tentativa de redução da pena”, disse Jaime Silva, advogado da família Zamudio à uma rádio de Santiago.

Por causa deste caso, o governo propôs em caráter de urgência um projeto de lei contra a discriminação, já aprovado pelo Senado e que aguarda votação na Câmara. Logo após a repercussão internacional do caso, no dia 9, foram presos três jovens acusados de serem os autores do ataque a Daniel. Apesar dos três não terem descendência “ariana”, a polícia encontrou livros e símbolos sobre a cultura nazistas nas casas dos acusados.