Por Leandro Allegretti
Alô, você! Por acaso, algum dia, já se sentiu um patinho feio na lagoa da vida? Eu já. E não sei se por conta da tal da crise dos 30 anos, mas tenho analisado essa coisa fútil de viver preso às aparências.
Pesquisei sobre a beleza e aprendi que ela não passa de uma experiência pessoal. É um processo mental e/ou espiritual, relacionado à percepção de quem o experimenta. Eike filosófico, né?
Sobre a beleza do rosto, em específico, há evidências de que a preferência por rostos bonitos surge no início do desenvolvimento da criança. E que os padrões de atratividade são similares aos diferentes sexos e culturas. Como isso é possível? Por conta da simetria, pois ela sugere a ausência de defeitos adquiridos ou genéticos.
Já que mencionei filosofia, para esta ciência, a beleza advém, entre outras coisas, da pureza do raciocínio. Raramente está relacionada à aparência superficial.
Para os religiosos (aleluia, irmãos!), a verdadeira beleza está na integralidade da conduta do indivíduo para com um plano sagrado. Posso dizer que um beato vive de maneira bela, mas só Deus é bonito. O homem é pecaminoso e por isso não pode ser considerado belo jamais.
Ao ler sobre tudo isso fiquei com raiva dos renascentistas que impuseram ao mundo novamente os conceitos gregos de beleza. O pensamento religioso sobre o assunto é mais legal porque, sob sua ótica, todo mundo é feio e pronto.
Para ser bonito agora tenho que malhar, comer pouco, ler, estudar, me vestir bem, cortar o cabelo e a barba, passar hidratante e protetor solar. Além de ter bons modos, gostar dos mesmos filmes e músicas que um boy para me tornar bonito para ele.
É muita função ser bonito. O foda é que ser feio não é nada fácil também. Pensando bem, melhor ser um vegetal transparente. Assim ninguém nota sua presença e sua beleza nunca será julgada.
Leandro escreve para o doqueosgaysgostam.com e não sabe se é bonito ou feio porque essa coisa de beleza é subjetiva.