Dois vídeos divulgados hoje na imprensa, dia 1° de Abril, atacam a comunidade gay de uma maneira jamais vista neste país. Dois parlamentares, velhos conhecidos por seus preconceitos, Marco Feliciano (PSC – SP) e Jair Bolsonaro (PP – RJ), destilam palavras duras contra a comunidade homossexual brasileira e atacam ainda instituições federais e até o governo.
O deputado e pastor Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, é mostrado em uma declaração em uma igreja evangélica mineira, gravado na sexta-feira à noite, dia 29, no município de Passos, Sul de Minas Gerais, afirmando que ele é um pastor cheio do Espírito Santo e que ocupou uma espaço era dominada por Satanás, por isso dos gritos do lado de fora da igreja. Ele afirma ainda que sua missão é divina. Em seguida, ele criticou programas ligados ao programa Escola sem Homofobia, atacou a comunidade gay e afirmou que morre mas não abandona a sua fé. Ele se comparou aos manifestantes, dizendo que eles lutam pelos que acreditam e que os evangélicos não devem ficar calados e se disse injustiçado. “A natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo”.
Na quarta-feira, em vídeo que ganhou destaque esta semana, gravado no plenário da Câmara dos Deputados, no último dia 27, na Comissão de Direitos Humanos, o deputado carioca Jair Bolsonaro voltou a criticar a postura da ministra Eleonora Menicucci de Oliveira que afirmou ser bissexual e ter orgulho de sua filha lésbica para o jornal Correio Brasiliense. Em Fevereiro, o deputado já havia criticado a ministra e a indicação da presidente Dilma. Desta vez, o deputado chamou Eleonora de “sapatona”, criticou Dilma e o PT . “Ela (presidente Dilma) não tem nenhum compromisso com a população brasileira, se tivesse, não teria indicado Eleonora Menicucci de Oliveira para ser ministra das mulheres, onde ela declara, para o Correio Brasiliense, que continua a ter relacionamentos com homens e mulheres. Ou seja, em jargão popular: sapatona. E diz que o grande orgulho dela é sua filha que é gay. Essa mulher representa a sua mãe, Dilma Roussef, a minha não e nem as mulheres brasileiras” afirmou o deputado defendendo a permanecia de Marco Feliciano, na presidencia da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Ambos os deputados afirmaram ainda que visibilidade e direitos aos gays seriam estímulo à pedofilia e que a comissão servia aos interesses dos homossexuais. Assista os dois abaixo.
Declaração de Marco Feliciano:
Declaração de Bolsonaro:
(Foto: Wilson Dias / Agência Brasil)
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Redação Lado A
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