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Os perigos do álcool: beber, cair e levantar

Redação Lado A 21 de Janeiro, 2016 16h36m

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Por que as pessoas precisam beber para se divertir? Na sociedade ocidental, a noção de diversão está diretamente ligada à ideia do consumo de álcool. E não é só entre os jovens, não. Os adultos também são bons consumidores de bebida alcoólica, talvez apenas com um paladar mais refinado em alguns casos. Para confirmar essa noção, não precisa de muito esforço, basta chamar alguém para sair à noite. A retrucada provavelmente será: “Para beber?”. Se não for, a opção vai aparecer, não tenha dúvidas. E quanto mais vezes se bebe, o organismo cria tolerância à substância, e maiores serão as doses para produzir o mesmo efeito de embriaguez.
 
Um estudo apresentado pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos aponta que o número de pessoas que morreram por doenças provocadas pelo consumo excessivo de álcool aumentou consideravelmente de 2002 a 2014 no país, chegando a 30.700 neste último. No Brasil, outra pesquisa descobriu que uma média de 78% dos jovens consome álcool regularmente. Desses, 19% já são dependentes. Não há doses seguras, mas uma a duas doses por dia seriam o limite do considerado aceitável entre mulheres e homens, respectivamente. A intoxicação por álcool pode levar ao come e à morte por parada respiratória ou cardíaca.
 
O programa Beber Menos Brasil foi criado como uma alternativa para ajudar pessoas que desejam reduzir o consumo de bebidas. Ele funciona em três frentes: a primeira faz uma avaliação do consumo, com um diário virtual, o segundo estipula metas de redução, já o terceiro traz informações importantes sobre como o álcool afeta, como é possível reduzir e dicas de ações para substituí-lo. 
 
O projeto, que você pode acessar no informalcool.org.br, afirma ainda que os pais e familiares são os principais influenciadores no padrão de uso do álcool pela juventude. O principal agravante é que, nesta idade, a ingestão de bebidas geralmente vem acompanhada de outras substâncias químicas e prejudiciais ao corpo em desenvolvimento. E por serem mais fortes, são mais suscetíveis ao famoso “porre”. 
O consumo excessivo de álcool está ligado diretamente a doenças como cirrose hepática, hepatite, fibrose, anemia, aumento de pressão sanguínea, lesões no pâncreas, estômago e no sistema nervoso central. 
 
Referência em músicas
A Universidade de Pittsburgh fez uma parceria com o Norris Cotton Cancer Center para conduzir um estudo sobre as principais influências dos adolescentes para o consumo abusivo de bebidas alcoólicas. A descoberta foi surpreendente. São mais de 3 mil músicas do universo Pop que fazem referência ao álcool. E estar exposto a essas referências pode trazer impactos bastante negativos. Nesse aspecto, a educação midiática pode ser um fator primordial. 
 
Ou seja, a educação do consumo deve vir de casa. Os pais devem mostrar que a bebida só pode ser ingerida depois dos 18 anos, ocasionalmente e de forma moderada. Cabe, também, à mídia o papel de educar e informar com dados verídicos sobre os fatores e riscos que o álcool podem provocar. Um terceiro ponto seria a criação de políticas públicas com relação a educação juvenil através da musica popular, o que frearia a tendência de sugerir o consumo em músicas pops. 
 
Redação Lado A

SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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