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Exposição homenageia 100 anos do nascimento de Clóvis Bornay

Redação Lado A 30 de Março, 2016 17h36m

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Os tempos eram outros, e o Carnaval tinha como ponto máximo os desfiles de gala em clubes por todo o país. No Rio de Janeiro da primeira metade do século passado, um jovem filho de joalheiros, de mãe espanhola e pai suíço, ganhava a glória por suas fantasias luxuosas jamais vistas. Nascido em Nova Friburgo, foi no Rio que ele entrou para a história.
 
Em 1937, Bornay convence o diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro realizar um baile de carnaval luxuoso, que o jovem museólogo venceu tantas vezes que passou a ser “hors¬concours”. Adorado pela mídia da época é convidado por Silvio Santos e Chacrinha como jurado e a fazer filmes com o cineasta Gláuber Rocha. Homossexual assumido, sempre militou por onde passou, jamais se escondeu por debaixo do seu brilho exuberante.
 
Depois de praticamente vencer todos os bailes de gala, ele se dedica ao Carnaval, estreando na década de 60 na Portela. Foi ele quem criou a figura do destaque nos carros alegóricos, posição que ele sempre desfilou até o final de sua vida.
 
O Museu da República, onde Bornay trabalhou, promoveu no último dia 29/03 a XXX Jornada Republicana com o tema dos direitos Homofobia e Memória LGBT, além do lançamento da revista Ser Trans na Favela. Como destaque da comemoração do centenário, a exposição Clóvis Bornay – 100 anos – fica em cartaz até o dia 30 de abril. Com documentos, desenhos, itens pessoais e três fantasias originais, a mostra conta a vida de um dos maiores carnavalescos de todos os tempos, falecido em 2005, aos 89 anos.
Confira algumas de suas famosas criações:

 

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SOBRE O AUTOR

Redação Lado A

A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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