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Frota é condenado após dizer que juíz é “ativista do movimento gay” e “julga com a bunda”

Redação Lado A 31 de Dezembro, 2017 12h49m

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O ex-ator pornô Alexandre Frota foi condenado no último dia 19 a remover todas as publicações vexatórias que fez em suas redes sociais contra o juíz Luís Eduardo Scarabelli. A determinação foi emitida pela juíza Tonia Yuka Kôroku, da 13ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo. Caso o ator não obedeça a liminar, terá que pagar multa diária de R$ 1 mil reais até o limite de R$ 200 mil.  
 
Em outubro deste ano Frota manifestou-se contra o juíz Luís Eduardo Scarabelli, publicando um vídeo que gravou na saída do Fórum João Mendes, em São Paulo. No vídeo o ator aparece chamando o juíz de  “ativista do movimento gay”, após receber a notícia da absolvição de Eleonora Menicucci, ex-ministra e ex-chefe da Secretaria de Política Para as Mulheres da ex-presidenta Dilma Roussef. “Terminou agora a audiência e, como a gente já esperava, eu fui julgado por um juiz ativista do movimento gay. O juiz não julgou com a cabeça, julgou com a bunda. E deu a causa para a Eleonora, por enquanto. Isso gera jurisprudência”, disse Frota no vídeo. 
 
Frota havia processado Eleonora após ela ter criticado sua visita ao ministro da educação, Mendonça Filho, em março de 2016. Segundo a ex-ministra, na visita, Alexandre Frota teria feito apologia ao estupro. O processo de Frota condenou Eleonora, através da decisão do juís Luís Scarabelli, a pagar uma indenização de R$ 10 mil reais. Por outro lado, a ex-ministra recorreu, e o juíz absolveu a ré. .
 
Após as infelizes declarações, o condenado a pagar R$ 10 mil, processado por Scarabelli, foi Alexandre Frota. Por enquanto, o processo ainda não foi concluído e a justiça pediu que o ator apagasse todas as declarações que postou em detrimento de Scarabelli. Frota já declarou em suas redes sociais, na quarta-feira (20), que não vai apagar as postagens sem antes ser intimado. O ator ainda criticou a justiça brasileira, que segundo ele, é a mesma que soltou criminosos como Suzane Von Richtofen e o condenou. “É a mesma justiça que é conivente com o errado. Quer dizer que ser chamado de ativista gay agora não pode”, disse. “Aguardando ser intimado”, finalizou. 

 

 
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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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