Redação Lado A | 14 de Março, 2011 | 19h05m |
A Câmara Municipal de Derby, na Inglaterra, quer regulamentar a prática de uma seleção de famílias que abrigam crianças em situação de risco depois que religiosos afirmaram que, ao se mostrarem contrários a homossexualidade, estavam sendo considerados não aptos para o serviço. O casal Eunice, 62, e Owen Johns, 65, de Oakwood, que oferecem o serviço aos tribunais desde a década de 90, tiveram sua qualificação questionada após se dizerem contra o estilo de vida homossexual em uma reunião com o Conselho Tutelar da cidade.
Em 2006 e 2007, foram instituídas no país as chamadas Leis de Igualdade, que visam a diminuir o preconceito no país e, com a instalação das medidas, a declaração de ser contra os homossexuais do casal acabou levando-os a serem considerados inaptos a atenderem as exigências da agência de adoção. Porém, a Câmara Municipal e o casal alegam que a decisão vai contra a liberdade de culto e esperam que uma ação na Corte Superior decida por vez o assunto e trace como será equilibrado o direito religioso com as leis de Igualdade, que também proíbem a discriminação religiosa.
Jeremy Weston, de Conselho da cidade de Derby, afirmou que o pedido de John jamais foi julgado por definitivo e que estaria esperando uma revisão legal. “O município precisa de clareza sobre este assunto. Defende a diversidade e a igualdade e tem dado atenção ao caso de Johns como teria dado ao de mais ninguém. Seria impróprio para o Conselho a aprovar famílias de acolhimento que não pode cumprir normas mínimas. O município não aceita que tenha agido ilegalmente para o Johns, e tem sido leal e transparente em todos os momentos, razão pela qual a decisão final não foi tomada pela autoridade”, afirmou o representante que adiantou que esse fator não foi o único considerado para desqualificar o casal de aplicantes que são membros da Igreja Pentecostal.
Em sua defesa, o advogado da família alega que eles nunca agiram com preconceito. “Mas eles nunca agiram de forma discriminatória e aceitariam qualquer criança, independentemente da sua orientação sexual, eles iriam lidar com estas coisas se elas surgiram e conversar com as crianças de uma forma considerada de acordo com a situação”, afirmou.
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