Redação Lado A | 21 de Março, 2011 | 18h31m |
O oficial das Forças Armadas americanas, Bradley Manning, 23, é o principal suspeito de ter vazado para o site Wikileaks, informações sigilosas que correram o mundo. Uma série de documentos de comunicação entre as embaixadas dos EUA colocaram o país em uma situação delicada, quando expôs o que os norte americanos pensam de diversas pessoas e instituições do mundo. Há até um senador defendendo que o rapaz deve receber a pena de morte. Em outros lugares, ele é um herói. Manning é homossexual assumido e espera seu julgamento em uma corte marcial. Filho de pai britânico e mãe americana, a família apóia a decisão do rapaz e sua inocência.
Gay e problemático. É assim que a imprensa norte americana traça o perfil do soldado, gênio da informática, que usou um cd regravável supostamente com músicas da Lady Gaga para retirar as informações sigilosas de uma base no Iraque. Enquanto cantava Poker Face, ele fazia carão e acessava os dados sigilosos. Além das cartas das embaixadas, um vídeo de um helicóptero dos EUA atirando contra civis e outras bombas eletrônicas foram espalhadas pelo rapaz que teria tomado a atitude de entrar para o Exército depois que seu ex namorado terminou com ele.
“Nada restou”, “abaixo da linha da frustração”, “Bradley Manning não é um pedaço de equipamento”, “Bradley Manning está sentindo agora um sentimento de que está afundando e não sobrou nada mais” disse ele em seu blog, enquanto tramava divulgar os documentos militares. “Aceite como eu sou, ou sofra as conseqüências”, disse o analista de inteligência dando a entender que sofria preconceito nas Forças Armadas. Amigos disseram que o rapaz é inteligente e busca por aceitação, o que pode ter feito com que usasse os dados para chamar atenção em razão de seus sentimentos de “grandeza”. Manning ficou preso por quase meio ano e sua identidade era mantida em sigilo. Hoje, ele está aguardando seu julgamento nos EUA e participou recentemente de uma Parada GLBT.
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